sábado, abril 16, 2011

Informações e Inscrições para o III Enune


O Brasil após expansão das políticas de ações afirmativas: Desafios e novas perspectivas

A busca por uma sociedade altamente desenvolvida e plenamente democrática passa pela compreensão de que nos dias atuais ainda estão latentes as desigualdades medidas por indicadores étnico-raciais e de gênero, principalmente, no que tange ao acesso às melhores posições no mercado de trabalho e ao ensino superior brasileiro.

Percebemos que a universidade brasileira, mesmo tendo como princípio ser um espaço de disseminação do saber e de comprometimento com os valores democráticos, guarda em si uma grande contradição quando a analisamos e observamos seu caráter elitista e reprodutora da hierarquia sócio-econômica. Trata-se de um processo de reprodução das
desigualdades, que estão intrinsecamente ligado à ausência de negros e
negras no corpo docente e discente.
No Brasil, a situação de exclusão e discriminação sofrida pela população negra é resultado de um passado escravagista e da consequente não incorporação do negro aos espaços de poder da sociedade brasileira. A UNE encontra nas politicas de ações afirmativas, dentre elas as cotas raciais, um importante instrumento de reparação das desvantagens historicamente sofridas pelos negros e negras.
Muitas são as experiências de implementação de ações afirmativas em universidade brasileiras, visando incluir estudantes negros e negras e promover a igualdade de oportunidades e tratamento, assim como compensar perdas provocadas pelo racismo. O III ENUNE tem como objetivo avaliar e compreender os desafios ainda existentes no que se refere à implementação de politicas afirmativas e apontar perspectivas para o seu aprofundamento. Construiremos juntamente com os
diferentes atores sociais que discutem a questão racial,o poder público e as e os estudantes, uma agenda que aprofunde as politicas públicas com perspectivas de combater o racismo e promover a igualdade no acesso e permanência no ensino superior brasileiro.


INFORMAÇÕES

O III ENUNE sera realizado entre os dias 20 a 22 de maio de 2011 na Escola de Arquitetura no Campus Federação da UFBA na cidade de Salvador.

A programação concebida está estruturada a partir de três eixos fundamentais: o eixo político, o eixo acadêmico e o eixo artístico-cultural

No que se refere ao eixo político, a proposta está assentada na realização dos grupos de debates (GD) como forma de promover a atualização e a consolidação das bandeiras que são estratégicas ao conjunto da juventude negra brasileira.

Temáticas como:

  • Saúde da População Negra
  • Mulheres Negras
  • Mídia e Racismo
  • Livre orientação sexual
  • Ancestralidade africana e conhecimentos tradicionais
  • Racismo Ambiental
  • Racismo e o mundo do trabalho


organizarão o nosso debate. A partir desse eixo construiremos um ato público que
venha a garantir a mais ampla visibilidade de nossos posicionamentos.


Quanto ao eixo acadêmico, a programação se pauta pela apresentação de produções científicas que tenham centralidade nas discussões sobre as politicas de ações afirmativas que, previamente encaminhadas, passarão pela avaliação de uma comissão julgadora.

E o eixo artístico-cultural, que pretende revelar a riqueza da cultura afro-brasileira, através do trabalho realizado por artistas, ou grupos destes, levando em consideração a(s) sua(s) produção (ões) na música, no teatro, na dança, no artesanato, na culinária, na produção audiovisual,etc.

Alojamento

Estarão disponibilizados para o III ENUNE salas alojamento com capacidade superior a 700 participantes, contando com inúmeros banheiros (químicos e estruturais), 10 chuveiros masculinos e 10 femininos
Atividades Acadêmicas

Os espaços para realização das atividades acadêmicas (palestras, GD, apresentação de trabalhos científicos e mostras artísticas,) são compostos por: 01 (um) auditório com capacidade total para receber um público de 1.000 (um mil ) participantes; 10 (sala) salas de aula, quer sejam atividades simultâneas ou não.

Regra para inscrições de trabalho

Poderão submeter propostas: graduandos, graduados das áreas de concentração das ciências sociais e ciências humanas e participantes de projetos de pesquisa financiados ou de práticas investigativas institucionais;

Os candidatos deverão se inscrever via e-mail, entre os dias 21 de Março e 21 de abril de 2011, uma vez que não haverá prorrogação da data para inscrição. A Comissão Organizadora divulgará os resultados da seleção no dia 01/05/2011, via e-mail (iiienune@gmail.com), e publicação no site do da diretoria de combate ao racismo da UNE.

RESUMO: O resumo deverá seguir as instruções abaixo:

1.Título do Trabalho – escrever o título de trabalho em maiúsculas, fonte Times New Roman, tamanho 14 e em Negrito, utilizando no máximo 3 linhas;

2. Autores – No máximo três autores por trabalho - escrever o(s) nome(s) do(s)
autor(es), indicando o(s) os alunos e orientador(es), seguido do e-mail, utilizando no máximo 3 linhas, fonte Times New Roman, tamanho 12;

3. Instituições – escrever o nome da universidade de origem, do departamento, utilizando no máximo 2 linhas, fonte Times New Roman, tamanho 12 e em Negrito;


4.Resumo do Projeto – editor de texto:

· Tamanho do papel - A4;
· Fonte tipo - “Times New Roman”;
· Tamanho da fonte - 12;
· Espaçamento entre linhas - 1,5;
· Margem direita - 3,0 cm;
· Margem esquerda - 3,0 cm.

Destacando o objetivo, a metodologia, os resultados e as conclusões, necessariamente nesta ordem, utilizando no máximo 2.500 caracteres (contando com os espaços) ou de 200 a 300 palavras. Enviar para a Comissão Organizadora via e-mail. (iiienune@gmail.com)
 
Alimentação

Serão ofertados aos participantes café da manha, almoço e jantar, sendo que no dia da abertura (sexta-feira) somente sera oferecido o jantar e no dia da plenária final (domingo) somente o café da manha e o almoço

Segurança

O III ENUNE contará com o serviço da equipe de segurança oferecido pela UFBA e outra contratada junto a iniciativa privada com o intuito garantir a integridade física e patrimonial de todos e todas, bem como oferecer apoio e tranquilidade aos participantes.


Inscrição

Procedimentos para INSCRIÇÃO:

  1. As inscrições terão o valor de R$30,00
  2. Pagamento poderá de ser efetivado, em DINHEIRO, na “BOCA DO CAIXA” ou via caixa eletrônico;
  3. Após o pagamento da inscrição, PREENCHER o formulário de inscrição no site da diretoria de combate ao racismo da UNE. (www.unecombateaoracismo.blogspot.com)
  4. Enviar para o e-mail do encontro cópia escaneada do recibo gerado no depósito (iiienune@gmail.com)
  5. As inscrições ocorrerão entre os dias 21/03/2011 a 01/05/2011*
  6. No ato do credenciamento será necessário a apresentação do recibo ORIGINAL do depósito bancário;

CONTA PARA DEPÓSITO:
BANCO Bradesco
AGÊNCIA: 3421-5
CONTA POUPANÇA: 0033960-1
Nome: CLEDISSON GERALDO DOS SANTOS


*As inscrições poderão ter o seu encerramento antecipado caso haja o preenchimento total das vagas do alojamento
Postado por http://unecombateaoracismo.blogspot.com/2011/03/informacoes-e-inscricoes-para-o-iii.html

Para pensar

Por que os negros brasileiros preferem as loiras?



Não é um problema só nosso. Muito menos de falta de esclarecimento. Basta lembrar de algumas frases do líder negro norte-americano Eldridge Cleaver, em sua autobiografia Alma no Exílio. 

“…Não existe amor entre um homem negro e uma mulher negra. Eu, por exemplo, amo as mulheres brancas e odeio as negras. Está dentro de mim, tão profundo que já não tento mais arrancar.”

“Todas as vezes que eu abraço uma mulher negra, estou abraçando a escravidão, e quando envolvo em meus braços uma mulher branca, bem… estou apertando a liberdade.”

O livro foi escrito nos anos 70 e hoje, às portas do Terceiro Milênio, homens negros, no todo ou em parte, concordam com sua análise: “É, sem dúvida, uma comparação interessante, porque o branco representa realmente essa grandeza. Acho que sempre relacionei a mulher negra ao retrocesso”, confessa D.P., administrador de empresas negro, bem-sucedido, quarentão, que só aceitou falar sobre o assunto desde que fosse preservada sua identidade. Motivo? “Não consigo ter um papo-cabeça, inteligente, com a minha mulher. Nunca conversamos sobre isso, apesar de estarmos casados a 22 anos e termos dois filhos.”

D.P. até fez uma reflexão: “Se eu encontrasse uma negra na faculdade, será que eu me casaria com ela?” Ele mesmo responde: “Não. Minha esposa não tem curso superior, é baixa, gorda e tem barriga”. Mas é branca. 
“…Não serei livre enquanto não puder ter uma mulher branca em minha cama…”

Esta outra frase do texto de Cleaver bate fundo em D.P. Para ele, essa é a verdade crua, pelo menos no seu caso: “Eu não queria ser do samba, da zona leste, onde nasci. Eu queria um ambiente não negro, e vi na mulher branca a porta de saída par
a um mundo melhor. Além disso, tinha que mostrar que poderia ter quantas mulheres brancas quisesse. Na juventude, fui rejeitado pela família de muitas namoradas”.

Ana Lúcia Valente, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, pós-doutorada em Antropologia, faz esta avaliação do problema: “Quando o homem negro tem o domínio sobre uma mulher branca ele reafirma sua masculinidade. É a reatualização da prática racista -’eu domino essa branca’”.

O negro Joel Rufino dos Santos, historiador que esteve à frente da Fundação Palmares, do Ministério da Cultura, confessa: “Toda a ânsia de ascensão do negro talvez tenha por objetivo ser o branco, e ele só o alcança – ou julga alcançar – quando enfim possui sexualmente a branca”.

“Com uma loira dessas… ele deve ser muito bom de cama” – À pergunta, feita sem rodeios, por que os homens negros preferem as loiras?, Antônio Campos, diretor do Guia do Círculo Negro, reagiu com indignação: “Como preferem?! Não tem preferência. Não importa se é preta, branca, amarela, japonesa. Se o cara é da periferia e nunca teve acesso a uma mulher clara, existe a curiosidade, o oposto atrai. Mas isso não vale para a totalidade dos homens negros.

Namorar, casar, tem a ver com a química, a paquera, o jeito, o olhar. Eu acho que o emocional não tem cor”. Outro administrador de empresas, Cleto Peppe, dono do Dorment’s Bar, reforça a idéia: “Não é uma questão de preferência, é uma questão de coincidência”.

O psicólogo negro Sérgio Ferreira da Silva não concorda. Segundo ele, “os homens negros preferem as loiras por medo de perpetuar a raça. Quando você olha o negro, vê o sujo, o piche, o macaco. É o que ele vive quando criança na escola e traz para a vida adulta. Aí, quando ele pensa em casar, sai em busca da mulher branca como objeto de negação da própria cor”.

Cleto Peppe discorda. Para ele, negro que diz sofrer ou ter sofrido preconceito é porque se considera inferior, tem complexo. Um exemplo? Ele próprio. “Todo mundo encara normalmente o fato de eu andar com mulheres brancas”, diz com a maior naturalidade.

A antropóloga Ana Lúcia Valente, em seu livro Ser Negro no Brasil Hoje, da Editora Moderna, lembra uma vez em que, conversando com amigos num bar, viu entrar um casal, ele negro, ela loiríssima: “Imediatamente o bar foi tomado por um silêncio constrangedor. Todas as atenções voltaram-se para esse casal. Passado o primeiro momento, ouvi comentários de mesas próximas:

‘Ele deve ser rico! Senão, não conseguiria sair com uma loira dessas!’
‘Qual o interesse que uma loira pode ter por um negro? Ela deve estar numa pior…’
‘Esse cara deve ser muito bom de cama…’”.

Com 30 anos de praia, como diz, e 46 anos de idade, Antônio Campos também não tem dúvidas quanto à visibilidade negativa que a mulher branca dá ao homem negro: “Quando você está com uma branca do lado, todo mundo quer saber o que ela viu em você”.

“Ela pode ser pobre, feia e gorda. Mas é branca”

No geral, o homem negro não costuma ser seletivo na hora de escolher a mulher branca: pode ser pobre, feia, caindo aos pedaços. “Tenho um amigo que apanha da mulher. Ela faz dele gato-sapato e eu acho que ele aceita tudo só porque ela é branca. Isso é inadmissível. Tem cara que pega o kit completo – filho, dívidas, família… – só para ter uma branca do lado.
Muitos homens negros não vêem nenhuma necessidade de “dourar” a pílula para justificar sua preferência pelas mulheres loiras. O historiador Joel Rufino dos Santos, por exemplo, no livro Atrás do Muro da Noite – Dinâmica das Culturas Afro-brasileiras, da Fundação Palmares, em seu último capítulo, não teve o menor pudor de transformar todas as mulheres do mundo em coisas, em objetos de maior ou menor valor. E tudo isso para esclarecer o porquê de os negros bem-sucedidos arranjarem uma branca, e de preferência loira.

Ele escreveu: “A parte mais óbvia da explicação é que a branca é mais bonita que a negra, e quem prospera troca automaticamente de carro. Quem me conheceu dirigindo um Fusca e hoje me vê de Monza tem certeza de que já não sou um pé-rapado: o carro, como a mulher, é um signo”.

A comparação, embora machista, cruel e desumana, é um fato. “Na sociedade machista, a mulher é vista, sim, como um objeto de consumo. E objetos de consumo conferem status e poder a quem os adquire”, confirma a historiadora Maria Aparecida da Silva, do Geledés.

Na estrutura social e econômica brasileira, o homem negro está abaixo da mulher branca quando o assunto é trabalho assalariado. Então, para ele, o caminho possível de ascensão é a conquista de um “objeto” de valor do homem branco.

Menos razão, mais emoção, o instrutor esportivo Cristiano dos Santos, 26 anos, casado há cinco meses com uma loira, também faz parte dos que acreditam que essa escolha, segundo seus padrões, tem motivos óbvios: “Elas são mais bonitas, mais sedutoras, mais cultas”.

Cristiano é carioca, mora em Dourados (MS) e comenta que conversa muito sobre o assunto com seus amigos, a maioria casada com mulheres brancas: “Nós conversamos muito sobre isso porque sentimos na pele a discriminação. Já entrei em parafuso por causa disso. Mas, hoje, não ligo mais, apesar de todo mundo dizer que eu casei com a minha esposa porque ela é branca, formada em Psicologia, e porque a família dela tem grana. Não passa pela cabeça das pessoas que foi o amor que nos uniu”.

“Aliviando” a consciência do homem negro, existe um outro fator a ser considerado quando o assunto se refere a relações mistas. E é mais uma vez Antônio Campos quem diz: “A verdade é que são as mulheres brancas que preferem os homens negros. Desde – é claro – que eles tenham algo a oferecer”.

“Este é o ponto” – confirma a antropóloga Ana Lúcia. “Eles preferem as loiras, mas a recíproca é verdadeira. Elas também preferem os negros. E isso só vem reafirmar a ambigüidade das relações raciais no Brasil. Daí casais mistos incomodarem tanto as pessoas. A loira ao lado do negro, de alguma maneira, mostra que não é racista. Ela vai para a cama com ele, tem filhos com ele. Quer dizer, põe abaixo a bandeira do racismo. Agora, se o relacionamento entre os dois não der certo, se o negro deixar a loira por qualquer outra mulher, ela pode assumir o discurso de que ‘negro, quando não faz na entrada, faz na saída’ ou, ainda, ‘bem que me avisaram…’ etc., etc.”

Na análise de Sérgio Ferreira, psicólogo, o negro fecha a porta da afetividade para a mulher negra porque para ele aceitá-la vai ter de se identificar consigo mesmo.

No entender de Sueli Carneiro, do Geledés – Instituto da Mulher Negra -, “para homens e mulheres negros engajados e comprometidos com a mudança das relações raciais e sociais no Brasil e no mundo, seus parceiros, quando brancos, não são objetos de consumo, símbolo de status nem garantia de mobilidade social: são companheiros e companheiras, seres humanos, que não simbolizam êxito, mas a possibilidade do encontro, da solidariedade, do amor entre grupos étnicos e raciais diferentes”.

O ruim nas relações mistas é que, muitas vezes, os negros não conseguem mais manter sua identidade. Não é preciso puxar muito pela memória para buscar exemplos da já clássica fórmula: “negro bem- sucedido + mulher loira”.

É só correr os olhos pelos campos de futebol ou pelos palcos. O ex-ministro Pelé, para quem não se lembra, foi namorado da Xuxa.
A lista tem, entre outros, os corintianos Gilmar e Marcelinho Carioca e o mais emblemático de todos os casos: Ronaldinho, o noivo de Suzana Werner. Entre os grupos de pagode, quem não pensa em Alexandre Pires e Carla Perez?

Como lembra o psicólogo Sérgio Ferreira: “Os homens negros de sucesso não têm a questão econômica, mas têm a questão concreta da cor, ou seja, por mais que eles tenham dinheiro, não conseguem se livrar da cor negra. Ele busca na loira o seu lado branco”.

Para Sueli Carneiro, do Geledés, “qualquer homem negro no Brasil, por mais famoso que seja, ou por maior mobilidade social que tenha experimentado, não tem poder real, se “bem-sucedidos” individualmente servem apenas para legitimar o mito da democracia racial”. “O homem negro”, diz ela, “utiliza a mulher branca como emblema ou garantia de seu sucesso.”



Por :TANIA REGINA PINTO
Revista Raça

sexta-feira, abril 08, 2011

Musiquinha

Pianinho

Eu vou tentar mais uma vez
Eu vou atrás, não vou ter medo
Eu vou bater, eu vou entrar
Eu vou chegar mais cedo mais uma vez
Cadê você que não me vê?
Quem é você que eu não vejo?
Cadê você pra me dizer que tudo isso vai passar?
Eu vou entrar na tua casa
Eu vou entrar na tua vida
Eu vou sentar e esperar tu me mandar embora mais uma vez
Cadê você que me esqueceu?
Cadê você que eu não esqueço?
Quem é você que me prendeu
E depois me deixou pra trás?
Que não vai voltar
Por mais que eu cante, escreva, toque
Não vai dar
Você não vai mudar
Você não vai mudar
(E sabe que sozinho eu não sei aonde ir)
É claro que tu vai dizer que nunca soube o que eu queria
E fica fácil pra você se agora já não vale o que passou
Os teus amigos, os meus amigos, não conseguem dizer nada
Os meus amigos, os teus amigos, dizem que não sabem mais quem eu sou
E eu não vou ficar
Te procurando aonde eu sei que eu posso encontrar
Alguém pra me mudar
(Que diga que sozinho eu não preciso mais seguir)
Alguém pra me mudar
(Que diga que sozinho eu não preciso mais seguir)

Composição : Rodrigo Esteban Tavares